Intolerância Alimentar x Alergia Alimentar: Entenda as diferenças

Por identificarmos um aumento de alergia/intolerância alimentar, a Creche Gulliver (https://cegulliver.com.br/), solicitou a nossa Nutricionista Viviane Nascimento para esclarecer um pouco melhor a respeito do tema em questão. Segue abaixo um texto explicativo realizado por ela.

As alergias e intolerâncias alimentares (IA) são uma problemática crescente nos dias atuais e têm um impacto negativo na economia familiar, interações sociais, absentismo laboral e escolar, bem como na qualidade de vida dos indivíduos.

Moderar o consumo de um alimento ou cortá-lo de vez do cardápio é uma realidade cada vez mais comum e crescente na mesa de muita gente. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia, na última década, os casos de alergia alimentar subiram 18% somente nos Estados Unidos. E a intolerância alimentar parece seguir o mesmo caminho, estima-se que um em dez americanos sejam intolerantes à lactose, o açúcar do leite.

No Brasil, especialistas observam um aumento na incidência de ambos os problemas. Como a alergia alimentar e a intolerância alimentar são comumente confundidas, pois alguns sintomas ocasionalmente se assemelham, é importante entender a diferença entre eles e ficar atento na hora de reconhecer os sinais.

INTOLERÂNCIA ALIMENTAR

O alimento é composto de proteínas, carboidratos, gorduras e vários nutrientes, bem como uma série de substâncias químicas naturais. A intolerância alimentar ocorre quando nosso organismo carece de uma enzima que processaria um certo nutriente. Os sintomas geralmente estão relacionados ao trato gastrointestinal – dor de barriga, gases, inchaço, enjôo – que variam de intensidade de acordo com a quantidade consumida e ocorrem poucas horas após a ingestão da comida. As intolerâncias podem surgir durante a fase adulta e, uma vez adquiridas, persistem pelo resto da vida. Devido ao fato de ser causada pela falta de uma enzima, o que se pode fazer é seguir uma dieta de restrição.

Alimentos mais comuns que causam intolerâncias:

 Leite e derivados

 Glúten

 Corantes

 Banana

ALERGIA ALIMENTAR

A alergia alimentar é causada por uma reação em nosso sistema imunológico que considera alguma proteína presente no alimento um elemento estranho no organismo, os sintomas são relevantes e necessitam investigação. A reação é sistêmica: inchaço nos lábios, coceira, tosse, falta de ar e diarréia estão entre as manifestações que aparecem logo após a ingestão, mesmo quando em poucas quantidades. No pior dos cenários, ocorre o choque anafilático que é o inchaço de órgãos do sistema respiratório, com reações graves, que exigem atendimento médico imediato, pois são potencialmente fatais. Usualmente, nosso sistema imune produz anticorpos para combater esses componentes dos alimentos, o que resulta em liberação de histamina e outras substâncias no nosso organismo. Os testes de pele ou as pesquisas no sangue podem confirmar o tipo de alergia quando correlacionado com os sintomas.

Uma característica das alergias é que muitas são curadas naturalmente pelo organismo durante a vida, muitas vezes na fase de adolescência. “Por isso é muito mais comum em crianças e menos habitual, embora não seja raro encontrarmos adultos com alergias alimentares.

Alimentos mais comuns que causam alergias:

 Leite (alergia à proteína do leite de vaca – APLV. Acomete principalmente crianças pequenas)

 Amendoim

 Castanhas

 Maçãs e pêssegos

 Peixes e frutos do mar

Podemos usar um exemplo a respeito de intolerância X alergia. Uma pessoa que não se sinta bem ingerindo leite de vaca, pode ser intolerante a lactose (açúcar presente no leite) não apresentando quantidades adequadas a enzima lactase que é responsável pela digestão da lactose ou pode ser alérgica a caseína (proteína do leite). Caso a pessoa seja intolerante a lactose, este açúcar por não ser digerido de maneira adequada é fermentado por ação bacteriana no intestino o que provoca distensão e dor abdominal. No caso de alergia, os sintomas são muito mais graves do que os da intolerância.

Atualmente existem muitos modismos que devemos ficar atentos, dietas radicais que excluam o glúten e lactose, por exemplo, de pessoas que não apresentam nenhuma intolerância ou alergia a esses nutrientes, muitas vezes, estimulam o corpo a quando retornarem o contato com esses nutrientes, passarem a apresentar um certo grau de intolerância a eles.

Portanto, o mais importante, caso você verifique que a ingestão de algum alimento lhe causa desconforto é procurar um médico para que o diagnóstico correto seja feito.

Agradecemos a Nutricionista da Gulliver, Viviane Nascimento pelos esclarecimentos.

Para agendar uma visita acesse nosso site: https://cegulliver.com.br/. 

BIBLIOGRAFIA • Alergias e Intolerâncias Alimentares – Novas Perspectivas – Dissertação de Mestrado Integrado em Medicina – Helena Maria Carvalho Monte – 2015 – https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/81841/2/37590.pdf • https://emais.estadao.com.br/noticias/bem-estar,alergias-e-intolerancias-alimentares-confundem-portadores-e-provocam-deficit-nutricional,1707483 • https://kasvi.com.br/intolerancia-alimentar-alergia-diferencas/

Autismo de Mãe para Mãe

Creche Gulliver: Saiba como uma de nossas mães enfrentam o Autismo

A Creche Gulliver (http://www.cegulliver.com.br/index.php) entende que, além da prestação de serviço educativo para formar cidadãos, a escola tem o papel de contribuir para a evolução da sociedade como um todo. Devido a isso, nosso principal objetivo é gerar conteúdo relevante com temas que visam incluir, entreter, informar e orientar nosso público. 

Acreditamos que um depoimento no qual expõe a história de vida de quem enfrenta o Autismo pode ajudar muitas pessoas a não se sentirem sozinhas nessa caminhada. Por esse motivo, convidamos a nossa querida mãe Amanda Carlou (Professora, Pedagoga, Doutora em Educação e Autora do Projeto: Autismo: rodas de conversas), que passa por essa experiência com nosso pequeno Benjamim (Maternal II), para nos dar seu relato sobre Autismo. 

O tema de hoje é Autismo. E para melhor entendimento sobre o assunto, gostaríamos que as pessoas ao lerem essa matéria adquirissem a arte de ver o mundo pela perspectiva de outra pessoa. 

Segue abaixo o depoimento:

"A maternidade é cheia de surpresas, isso todo mundo sabe, e quando se espera um filho criam-se várias expectativas. No entanto, nunca imaginamos que a “surpresa” pode ser algo que não vai deixar a mamãe feliz.

Pois é, mas foi o que aconteceu comigo. Meu primeiro e único filho é autista. Foi diagnosticado com 1 ano e 4 meses. Com certeza não era o que eu imaginava que ele seria quando recebi a notícia que estava grávida. Mas o tempo passou, hoje Benjamim está com 4 anos, frequenta a mesma escola desde os 7 meses de idade. Está se desenvolvendo super bem, tem amigos, pessoas que o amam e o respeitam do jeito que ele é. Também tem dificuldades, e momentos difíceis que enfrentamos juntos.

Nessa trajetória descobri que a inclusão é o mais importante para um mundo de paz e acolhimento. É preciso o entendimento que devemos respeitar todas as diferenças. Meu filho é diferente, mas quem não é? No início eu comparava ele com outras crianças. Realmente ele apresentou alguns comportamentos não convencionais, como não conseguir ficar parado, ou ter muita seletividade alimentar, entre outras coisas. Só que essas eram as características do Benjamim, e faziam dele um ser único. Outras crianças têm outras características que também as tornam únicas. As do meu filho estão agrupadas em um conjunto que tem um nome: AUTISMO. 

É impactante? Sim, se olharmos pelo ponto de vista da negatividade, eu mesma já tive esse olhar, confesso! Mas tenho feito o exercício de enxergar isso pela ótica da verdadeira inclusão, que tem como princípio que todas as pessoas são diferentes e únicas. É preciso que a diversidade individual de cada um seja respeitada e valorizada. Não é tarefa fácil, pois vivemos em uma sociedade extremamente competitiva e egocêntrica. E é justamente por isso que acredito na necessidade urgente de repensarmos nossos valores. O que é mais importante para nós? Que tipo de cidadãos queremos? E precisamos pensar isso hoje, nossos filhos serão frutos dessa colheita, irão conviver com essas pessoas, nessa sociedade. Quem vai dar o primeiro passo?

Tenho muitas dúvidas sobre muitas coisas, e acho que ser mãe é isso mesmo. Vivemos cheias de incertezas, culpas... enfim... mas uma coisa eu sei, o bem mais precioso que eu tenho é o meu filho. E é a melhor herança que eu posso deixar para as próximas gerações. Então, meu compromisso é ajudá-lo a se desenvolver da melhor forma possível dentro das suas possibilidades, respeitando seus limites e valorizando todas as suas potencialidades. E é isso que eu espero que o mundo possa devolver a ele. Seja a escola, a família, os amigos, e todas as pessoas que passarem pela vida dele.

Às outras mães que possam estar enfrentando o início dessa jornada como eu deixo uma singela mensagem: você não está sozinha, juntas somos fortes." (Amanda Carlou)

Hoje, Amanda é autora de dois livros: O poder das pessoas com deficiência intelectual e Silu, um macaco diferente. E está no Instagram com o Projeto @autismorodasdeconversas, fazendo um excelente trabalho sobre autismo.

Se você tem um tema que gostaria que fosse abordado aqui, mande sua ideia para gente através do email: cegulliver@gmail.com. 

Quer conhecer nossa creche?

Acesse http://www.cegulliver.com.br/index.php.